segunda-feira, 13 de março de 2017

3° ano - Introdução ao Estudo da Genética



A Genética é a parte da Biologia que estuda as leis da hereditariedade, ou seja, estuda como as informações contidas nos genes são transmitidas de pais para filhos através das gerações. A Genética desenvolveu-se de maneira expressiva apenas no século XX.    Conceitos fundamentais:
Hereditariedade – é quando um caráter é transmitido geneticamente dos ascendentes para os descendentes.
Caráter – o aspecto morfológico ou fisiológico de um ser vivo, pode ser:
•Hereditário: transmitido através dos genes. Ex.: Daltonismo.
• Adquirido: adquirido após o nascimento. Ex.: Cegueira acidental.
• Congênito: adquirido ainda no útero materno. Ex.: defeitos ocasionados por rubéola materna.
Cariótipo – Dá-se o nome de cariótipo ao conjunto de cromossomos da célula, considerando o número de cromossomos, sua forma e tamanho e a posição do centrômero.
Cromossomos – Filamentos de DNA, RNA e proteínas (histona) que encerram um conjunto de genes.
Cromossomos homólogos – São cromossomos que formam pares e são idênticos na forma (encontrados nas células diploides); encerram genes que determinam os mesmo caracteres.
Dominante – Um gene é dito dominante quando, mesmo estando presente em dose simples no genótipo, determina o fenótipo. O gene dominante se manifesta tanto em homozigose, quanto em heterozigose.
Fenocópias – Existem determinados indivíduos que apresentam características fenotípicas não hereditárias, que são produzidas por influência do meio ambiente, imitando um mutante. Ex.: nanismo hipofisário – provocado por função deficiente da glândula hipófise – simulando o nanismo acondroplásico – determinado por genes dominantes e transmissíveis aos descendentes.
Fenótipo – É a expressão exterior (observável/ físico) do genótipo mais a ação do meio ambiente. Muitas vezes a influência ambiental provoca manifestações de fenótipo diferentes do programado pelo genótipo. Nem todos os fenótipos são observáveis; existem exceções, como no caso dos grupos sanguíneos.
Gene – É um segmento de molécula de DNA, responsável pela determinação de características hereditárias, e está presente em todas as células de um organismo. 
Genes alelos – São genes que ocupam o mesmo locus (lugar) em cromossomos homólogos. Estes genes atuam sobre as mesmas características, podendo ou não determinar o mesmo aspecto. Ex.: um animal pode ter um dos alelos que determina a cor castanha do olho e o outro que determina a cor azul do olho.
Genoma – conjunto completo de cromossomos (n), ou seja, de genes, herdados como uma unidade.
Genótipo – É o patrimônio genético de um indivíduo presente em suas células, e que é transmitido de uma geração para outra. Não podemos ver o genótipo de um indivíduo, mas este pode ser deduzido através de cruzamento, teste ou da análise dos parentais e descendentes.
Heterozigoto ou híbrido – Quando para uma determinada característica os alelos são diferentes. O heterozigoto pode produzir gametas dominantes ou recessivos.
Homozigoto ou puro – ocorre quando possui os dois genes iguais, ou seja, um mesmo alelo em dose dupla. O homozigoto produz apenas um tipo de gameta, quer seja ele dominante ou recessivo.
Recessivo – O gene recessivo é aquele que, estando em companhia do dominante no heterozigoto, se comporta como inativo, não determinando o fenótipo. O gene recessivo só se manifesta em homozigose.
Cruzamento-teste - determinando o genótipo. Utilizado para descobrir o genótipo de determinado caráter dominante, se é puro ou híbrido. Para isso realiza-se um cruzamento do indivíduo portador do caráter dominante (fenótipo) com um homozigoto recessivo. Da proporção fenotípica encontrada podemos afirmar se o indivíduo é homozigoto dominante ou heterozigoto.
Retrocruzamento: É o acasalamento de indivíduos da geração F1 com um dos seus progenitores ou outro indivíduo que apresente o genótipo idêntico a um dos progenitores.
Ausência de dominância  Ocorre quando não há relação de dominância e recessividade entre dois alelos. Podem ser de dois tipos: dominância incompleta e co-dominância.
 Dominância incompleta ou parcial: Nesse caso NÃO há dominância e recessividade entre os alelos.  O heterozigoto irá apresentar um terceiro fenótipo (intermediário) diferente do homozigoto dominante e do homozigoto recessivo. Exemplo: cor das flores maravilha (Mirabilis japala).
 Co-dominância: Também NÃO há dominância entre os alelos, no entanto pode-se observar a expressão de ambos os genes nos indivíduos heterozigotos e não um intermediário. Ex. Sistema ABO e Pelagem do gado da raça Shortorn. Isso ocorre porque cada alelo influencia a produção de proteínas diferentes
Alelos letais: são genes que quando em HOMOZIGOSE determinam a morte do indivíduo no estado embrionário ou após o nascimento. Alelos letais em humanos: Acondroplasia ( nanismo- alelo dominante); Doença de Tay-Sachs (alelo ressivo); Braquidactilia( dedos das mãos muito curtos. Os normais são nn e os afetados são NN e Nn. Os NN, morrem ao nascer).
PROBLEMAS DE MONOIBRIDISMO Como fazer um cruzamento?
1.    Leia com cuidado o enunciado e faça uma legenda respondendo as perguntas:
·         Qual é a característica em questão?
·         Qual característica é condicionada pelo gene dominante e qual é pelo recessivo?
2.    Descubra qual é o genótipo dos pais.
3.    Descubra quais tipos de gametas os pais podem produzir e coloque-os no quadro de Punnett.
4.    Faça o cruzamento.
5.    Responda a questão (a legenda te ajuda nesse passo).
Genealogias, Heredogramas ou Árvores Genealógicas – pg.23
São esquemas que apresentam, com uma série de símbolos, os indivíduos de uma família. Os símbolos indicam: o grau de parentesco, a geração, a ordem de nascimento, a presença de um caráter afetado por determinada anomalia, etc.
Resultado de imagem para heredograma
Símbolos usados em genealogias
   Kennedy I