sábado, 19 de maio de 2012

é muito sinistro ... fotos chocantes e reais

      

“Isto” é a fase larval de uma mosca da família Oestridae, chamada “Dermatobia hominis” (mosca do berne ou mosca varejeira). Antigamente era mais comum os casos de berne (dermatobiose) em humanos, felizmente hoje em dia, os casos parecem cada vez mais raros.

O grande problema é seu ciclo de vida. Para que se torne adulta é preciso que sua larva se alimente de tecido de animais de sangue quente (aves e mamíferos), isso inclui os seres humanos como um dos seus pratos preferidos. Assim que se torna adulta, seu principal objetivo é se reproduzir o quanto antes!

Mas como ele vai parar na pele das pessoas? Bem, assim que as fêmeas da “mosca do berne” tem seus ovinhos fecundados, sai em busca de uma tarefa difícil: elas procuram por outros artrópodes que se alimentam de sangue (carrapatos e mosquitos, por exemplo) para que funcionem como “carona” para seus ovos. Elas fazem a postura no corpo dos mosquitos e carrapatos para que no momento em que forem se alimentar do sangue dos animais, os ovos possam estar no local ideal para o desenvolvimento das larvas. É como se pegassem mesmo carona no corpo dos mosquitos, literalmente!

 Uma vez na pele do animal (ou humano), os ovos eclodem e as larvas ficam livres. É claro que elas são muito pequenas e normalmente passam despercebidas. Através de uma ferida ou pelos folículos pilosos elas penetram e permanecem na camada subcutânea da pele. O corpo do indivíduo infectado reage à presença do parasita, aumentando a sua contagem de células brancas do sangue, e isso muitas vezes faz com que a ferida para secretar pus. Enquanto isso, a larva se alimenta constantemente, respirando pelo buraquinho formados pelas pústulas. Elas podem permacer ali de 5 a 10 semanas!

Assim que atingem seu útlimo estágio de desenvolvimento, elas precisam deixar o corpo do hospedeiro, pois seria muito estranho se saísse uma mosca de dentro na nossa pele, não é? Elas então, geralmente durante a noite para evitar desidratação, saem pelo orifício para caírem no solo onde formam uma pupa (tipo um casulo de borboleta) e somente em depois de cerca de um mês é que o adulto emerge e saem a procura do parceiro para começar tudo de novo.
 
É claro que este ciclo só se completa nos animais, pois é um processo muito dolorido para o hospedeiro e toda vez que uma pessoa é infectada, na primeira oportunidade dá um jeito de arrancar a larva da pele antes que ela cresça muito! Mas acredite: alguns pesquisadores já tentaram criar uma “larva-pet” em seus próprios corpos para estudarem este processo mais diretamente. Tem doido pra tudo!
 


MIÍASE

O termo miíase (grego myia, mosca e iasis, afecção, moléstia) inicialmente foi introduzido por F. W. Hope, como sendo uma afecção causada pela presença de larvas de moscas em órgãos e tecidos do homem ou de outros animais vertebrados, onde se nutrem, pelo menos durante certo período, dos tecidos vivos ou mortos do hospedeiro, de suas substâncias corporais líquidas ou do alimento por ele ingerido e evoluem como parasitos.
O quadro de miíase no ser humano espelha péssimas condições de higiene e cuidados e, normalmente ocorre nos pacientes acometidos de doenças necrosantes. Frequentemente, ocorre em pacientes idosos ou com transtornos mentais, alcólatras e desassistidos. Roupas sujas com alimentos, fluidos corporais ou pus são altamente atrativas para moscas causadoras de miíase.