Não, o Flamengo não é "o mais querido do Brasil".É o mais querido do mundo - sua torcida equivale a populações inteiras. E , por isso, talvez seja também o mais odiado - pelos outros"
Ruy Castro
Clube de Regatas do Flamengo
15 de novembro de 1895
“Cada brasileiro, vivo ou morto já foi Flamengo por um instante, por um dia.“, disse Nelson Rodrigues, fanático tricolor desprovido de vaidades clubisticas na hora de analisar futebol.
Hoje, como sempre,campeão, líder ou fora da briga, a capa dos jornais terá o tal do Flamengo.
Decidindo titulo ou não, lá estarão milhares de torcedores, em outro estado, fazendo com que o tal do Flamengo jogue em casa quando deveria atuar fora.
No outro domingo, onde todos jogam mais uma rodada, lá estará ele, de novo, jogando com 12, burlando o regulamento básico do futebol.
E se o time perder, não muda nada. Vão se revoltar, xingar, protestar e, daqui a pouco, lá estarão eles fazendo juras de amor ao time num clássico qualquer pelo campeonato estadual, aquele que nem eles aguentam mais vencer.
O time mais inexplicável do planeta terra, sem dúvida.
Não ganhava o principal titulo nacional desde 1992. Lá se foram mais de 17 anos e a torcida diminui? Não, aumentou. Segundo pesquisa, a maior entre as crianças do país.
Quando ninguém dá nada pra eles, chegam e surpreendem a todos. Quando todos esperam muito, ele perde e decepciona sua nação.
Favorito em tudo que disputa, simplesmente pelo citado acima. Ninguém é capaz de saber o que esperar do Flamengo, nunca.
E quando eventualmente não tem um time capaz de ser campeão, a cobrança é como se tivesse. Ou seja, não existem jogadores no Flamengo. Existe o Flamengo e ponto final.
Única torcida do planeta que paga ingresso por 2 espetáculos. Um no campo, como todas elas, e outro que ela mesmo proporciona.
O flamenguista vai ao Maracanã pra curtir o time, o jogo, o clima e a própria torcida. É único.
Talvez uma das raras torcidas do mundo que tenha dezenas de ídolos, mas que não há discussão sobre o maior.
Existe o Zico e o resto. E o “resto” inclui, talvez, os dois melhores laterais que o mundo já viu em cores. Leandro e Junior.
A Nação rubro-negra não tem esse nome a toa. São 35 milhões de torcedores, e vejamos:
A cidade mais populosa do mundo é Tóquio. E tem 34 milhões de pessoas.
A maior do Brasil é são Paulo, com 19.
O Flamengo, sozinho, tem 35. Se cobrasse impostos seria trilhardário.
Não cobra, e vive devendo.
Deve milhões, e isso não faz a menor diferença.
Ao contrário do amor que tanto exaltamos, este não vai embora quando o amado fica pobre. É amor de verdade, o mais puro que existe.
Incondicional, este sim.
Aquele que não analisa, que não raciocina, que não condiciona a nada.
A nação poderia dizer, sem culpa: “Eu te amo, e pronto”.
Não interessa porque, como, quando e nem sob quais condições.
É maior, é inexplicável.
Ser Flamengo é algo que não tem comparação. Eu não nasci assim, e nem ouso dizer se felizmente ou infelizmente.
Flamenguista é aquele sujeito que ama futebol acima do que ele o proporciona. Aquele que não troca amor por resultados, e que não condiciona sua preferencia por um ou outro jogador.
Por aí existe o Santos de Pelé, o São Paulo de Rogério Ceni, o Palmeiras de Ademir.
Lá existe o Zico do Flamengo.
A ordem é sempre inversa. Os valores são sempre diferentes.
Ser flamenguista não torna ninguém melhor do que os outros, nem pior. Diferente, sem dúvida.
Ser maioria é algo que fortalece. É infinito, porque a nação não tem fim, e nem deixará de ser a maior torcida do país nos próximos 200 anos.
Odiar o Flamengo é absolutamente justificável.
Qualquer um fica irritado em ganhar titulos e mais titulos e ver que a capa do jornal não muda de foto. É sempre a do Flamengo.
Qualquer um se incomoda em saber que titulos e dividas menores não conseguem sobrepor a importancia de um clube que tem sua grandeza baseada em nada atual e concreto.
É grande. Porque? Porque é.
Pode existir algo maior do que o que não se explica?
Entrar num Maracanã lotado e olhar pra aquela torcida é algo que apenas eles sabem o que é, o que significa e o quanto importa.
“Torcida não ganha jogo”, dizem.
“Só se for a sua”, eles dirão.
Você não é Flamenguista?
15 de novembro de 1895
“Cada brasileiro, vivo ou morto já foi Flamengo por um instante, por um dia.“, disse Nelson Rodrigues, fanático tricolor desprovido de vaidades clubisticas na hora de analisar futebol.
Hoje, como sempre,campeão, líder ou fora da briga, a capa dos jornais terá o tal do Flamengo.
Decidindo titulo ou não, lá estarão milhares de torcedores, em outro estado, fazendo com que o tal do Flamengo jogue em casa quando deveria atuar fora.
No outro domingo, onde todos jogam mais uma rodada, lá estará ele, de novo, jogando com 12, burlando o regulamento básico do futebol.
E se o time perder, não muda nada. Vão se revoltar, xingar, protestar e, daqui a pouco, lá estarão eles fazendo juras de amor ao time num clássico qualquer pelo campeonato estadual, aquele que nem eles aguentam mais vencer.
O time mais inexplicável do planeta terra, sem dúvida.
Não ganhava o principal titulo nacional desde 1992. Lá se foram mais de 17 anos e a torcida diminui? Não, aumentou. Segundo pesquisa, a maior entre as crianças do país.
Quando ninguém dá nada pra eles, chegam e surpreendem a todos. Quando todos esperam muito, ele perde e decepciona sua nação.
Favorito em tudo que disputa, simplesmente pelo citado acima. Ninguém é capaz de saber o que esperar do Flamengo, nunca.
E quando eventualmente não tem um time capaz de ser campeão, a cobrança é como se tivesse. Ou seja, não existem jogadores no Flamengo. Existe o Flamengo e ponto final.
Única torcida do planeta que paga ingresso por 2 espetáculos. Um no campo, como todas elas, e outro que ela mesmo proporciona.
O flamenguista vai ao Maracanã pra curtir o time, o jogo, o clima e a própria torcida. É único.
Talvez uma das raras torcidas do mundo que tenha dezenas de ídolos, mas que não há discussão sobre o maior.
Existe o Zico e o resto. E o “resto” inclui, talvez, os dois melhores laterais que o mundo já viu em cores. Leandro e Junior.
A Nação rubro-negra não tem esse nome a toa. São 35 milhões de torcedores, e vejamos:
A cidade mais populosa do mundo é Tóquio. E tem 34 milhões de pessoas.
A maior do Brasil é são Paulo, com 19.
O Flamengo, sozinho, tem 35. Se cobrasse impostos seria trilhardário.
Não cobra, e vive devendo.
Deve milhões, e isso não faz a menor diferença.
Ao contrário do amor que tanto exaltamos, este não vai embora quando o amado fica pobre. É amor de verdade, o mais puro que existe.
Incondicional, este sim.
Aquele que não analisa, que não raciocina, que não condiciona a nada.
A nação poderia dizer, sem culpa: “Eu te amo, e pronto”.
Não interessa porque, como, quando e nem sob quais condições.
É maior, é inexplicável.
Ser Flamengo é algo que não tem comparação. Eu não nasci assim, e nem ouso dizer se felizmente ou infelizmente.
Flamenguista é aquele sujeito que ama futebol acima do que ele o proporciona. Aquele que não troca amor por resultados, e que não condiciona sua preferencia por um ou outro jogador.
Por aí existe o Santos de Pelé, o São Paulo de Rogério Ceni, o Palmeiras de Ademir.
Lá existe o Zico do Flamengo.
A ordem é sempre inversa. Os valores são sempre diferentes.
Ser flamenguista não torna ninguém melhor do que os outros, nem pior. Diferente, sem dúvida.
Ser maioria é algo que fortalece. É infinito, porque a nação não tem fim, e nem deixará de ser a maior torcida do país nos próximos 200 anos.
Odiar o Flamengo é absolutamente justificável.
Qualquer um fica irritado em ganhar titulos e mais titulos e ver que a capa do jornal não muda de foto. É sempre a do Flamengo.
Qualquer um se incomoda em saber que titulos e dividas menores não conseguem sobrepor a importancia de um clube que tem sua grandeza baseada em nada atual e concreto.
É grande. Porque? Porque é.
Pode existir algo maior do que o que não se explica?
Entrar num Maracanã lotado e olhar pra aquela torcida é algo que apenas eles sabem o que é, o que significa e o quanto importa.
“Torcida não ganha jogo”, dizem.
“Só se for a sua”, eles dirão.
Você não é Flamenguista?
Que pena.
HINO:
O segundo hino, considerado o popular, com letra e música de Lamartine de Azaredo Babo, compositor, cantor, revistógrafo, humorista e produtor, criado em 1945.
O HINO POPULAR - "UMA VEZ FLAMENGO, SEMPRE FLAMENGO !!! "
Autor: Lamartine Babo
Uma Vez Flamengo
Sempre Flamengo
Flamengo sempre eu hei de ser
É o meu maior prazer, vê-lo brilhar
Seja na terra, seja no mar
Vencer, vencer, vencer
Uma vez Flamengo,
Flamengo até morrer
Na regata ele me mata,
me maltrata,
me arrebata de emoção no coração
Consagrado no gramado
Sempre amado
Mais cotado nos Fla-Flus
É o ai Jesus
Eu teria um desgosto profundo
Se faltasse
O Flamengo no mundo
Ele vibra, ele é fibra, muita libra,
já pesou
Flamengo até morrer, eu sou
Autor: Lamartine Babo
Uma Vez Flamengo
Sempre Flamengo
Flamengo sempre eu hei de ser
É o meu maior prazer, vê-lo brilhar
Seja na terra, seja no mar
Vencer, vencer, vencer
Uma vez Flamengo,
Flamengo até morrer
Na regata ele me mata,
me maltrata,
me arrebata de emoção no coração
Consagrado no gramado
Sempre amado
Mais cotado nos Fla-Flus
É o ai Jesus
Eu teria um desgosto profundo
Se faltasse
O Flamengo no mundo
Ele vibra, ele é fibra, muita libra,
já pesou
Flamengo até morrer, eu sou
FONTES: